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Cavernas modernas

Construções incrustadas em rochas resgatam o contato com a natureza, conceito cada vez mais presente na arquitetura

Viver integrando à paisagem, sem perder o conforto moderno, é um movimento cada vez mais forte na arquitetura moderna em todo o mundo. Com particular importância na era da sustentabilidade ambiental. Diversos projetos residenciais e hoteleiros ao redor do mundo mostram que a tendência não é apenas conceitual, mas viável. E, na maior parte das vezes, de tirar o fôlego.


Casa criada pelo arquiteto Robin Partington, no Sul da Inglaterra, fica camuflada na paisagem

Basta observar os detalhes da moradia criada pelo arquiteto Robin Partington, em Chilterns, no Sul da Inglaterra, que por pouco não desaparece na paisagem. Encravada nos declives naturais da região calcária possui um átrium central retrátil, que se mistura ao telhado verde. Internamente, os ambientes sociais são facilmente conectados ou separados por paredes retráteis, o que permite observar a vista externa de qualquer ponto da casa. 
 
Moradia desenhada pelo arquiteto Tom Kundig, em San Juan Islands, fica cercada por pedras

Nos Estados Unidos, o arquiteto Tom Kundig, aproveitou as rochas existentes em San Juan Islands, no estado de Washington, para construir um verdadeiro bunker natural que, dependendo do ângulo do qual é visto, quase desaparece na natureza. Para prejudicar o mínimo possível a paisagem, as rochas foram escavadas à máquina e à mão. Decisão que acabou contribuindo para a beleza do interior da casa, que conta com parte das paredes “in natura” e até mesmo um lavatório esculpido na pedra. Tudo contrastando com o mobiliário vintage, com peças que priorizam o uso de materiais maturais como couro, madeira e bronze. A excelência da construção já foi reconhecida em prêmios como o World Architecture News House of The Year, em 2010.


O hotel Amangiri, pertencente a rede Aman, mistura-se ao cenário desértico do Canyon Point

Em Utah, próximo à fronteira do Arizona, outra iniciativa – desta vez hoteleira – se propõe a unir a paisagem selvagem ao conforto e tecnologia das construções modernas. Inaugurado em 2009, o hotel Amangiri, o segundo da rede Amanresorts no EUA, mistura-se ao cenário desértico do Canyon Point, com piscina abraçando montes e quartos escavados na pedra.


A Villa Vals, nos alpes suíços, conta com casas de 160 m² literalmente enterradas na montanha

Já nos alpes suíços, a Villa Vals, projetada por de Bjarne Mastenbroek e Christian Müller, dos escritórios de arquitetura Search e CMA, conta com casas de 160 m² literalmente enterradas na montanha, como se forrem tocas. Feitas para serem alugadas por temporadas, as moradias podem ser acessadas por um túnel subterrâneo que corre em linha reta dentro do aclive ou pela varanda, recortada na terra em forma de círculo. Uma semana de hospedagem custa 1.800 euros (R$ 4.110) na baixa temporada, e 3.500 euros (R$ 7.990), na alta.


Paredes de vidro dos quartos do hotel Juvet, na Noruega, garantem uma bela vista da paisagem

Outra raridade do design minimalista com apelo ao retorno às raízes é o hotel butique Juvet, às margens do rio Valdolla, na Noruega. Certo que de somos apenas convidados da natureza, o empresário Knut Slinning pediu à Jensen & Skodvin Arquitetura a construção de 10 quartos de pinho – árvore de rápido crescimento típica da região – para espalhar pela floresta ou mesmo sobre os riachos. Cada “container” de madeira ainda conta com parede de vidro para enfatizar a conexão com a natureza e aproveitar a luz natural. A hospedagem sai 300 euros (R$ 685) por noite.


O Las Piedras, em Punta del Este, conta com 20 bangalôs e 12 suítes

A América Latina também tem seu modelo natural, no hotel Las Piedras, inaugurado em dezembro de 2010, em Punta del Este, no Uruguai. Primeiro do grupo Fasano fora do Brasil, o empreendimento conta com uma elegância rústica idealizada pelo arquiteto Isay Weinfeld. Ao todo são 20 bangalôs e 12 suítes, com terraços privados, vista panorâmica para o rio Maldonado e fachadas revestidas com rochas retiradas do próprio terreno. Na área social, destaque para a piscina natural. As tarifas estão entre US$ 800 (R$ 1.285) e US$ 1.600 (R$ 2.570). (Veja vídeo do hotel Las Piedras)


Eco-resort Wadi Rum, no deserto da Jordânia, tem inaguração prevista para 2014

Mas o projeto mais recente dentro dessa tendência ainda não saiu do papel. Trata-se do eco-resort , a ser construído até 2014 no deserto da Jordânia. Projetado pelo escritório de arquitetura Oppenheim, ele tirará proveito dos declives, aclives, falhas e fissuras dos penhascos de arenito para permitir que o público vivencie, de fato, a natureza com suas sombras, ventilações e fontes de água.

Leilão na Christie's, em Genebra, arrecada US$ 26,3 milhões

Os relógios mais preciosos do mundo

Todos os recordes da alta relojoaria foram batidos de uma só vez. No último leilão da Christie’s, no hotel Four Seasons de Genebra, na Suíça, foram arrematadas as 10 peças mais raras, somando um total de US$ 26.331.962,00.

Entre os relógios mais valorizados da sessão, oito levam a assinatura Patek Phillipe. A lista se completou com um Charles Ducommum de bolso e um Rolex. Este último, responsável por mais uma quebra de resultados. O Rolex de pulso, fabricado em 1942, com movimento Valjoux e mostrador prateado fosco, com algarismos arábicos e ponteiros em ouro rosa, é o primeiro da história da marca a ser arrematado por mais de US$ 1 milhão. Saiu por US$ 1,2 milhão.

Mas a estrela da noite foi uma peça exclusiva de 1928, feita em ouro branco 18k, vendida por US$ 3.636.140. Foi o recorde mundial de preço atingido por qualquer Patek Philippe de pulso com cronógrafo simples, em um leilão.

Conheça as raridades:

1) Patek Philippe, 1928
Relógio de pulso de ouro branco 18k com mostrador retangular e cronógrafo simples. Vendido para um comprador anônimo.

Foto: Reprodução
US$ 3.63 milhões (R$ 5.72 milhões)

2)Patek Philippe, 1948

Relógio em ouro rosa 18k com calendário perpétuo e com indicador das fases da lua. Comprado por um colecionador europeu.

Foto: Reprodução
US$ 1,28 milhão (R$ 2.02 milhão)

3) Patek Philippe, 1943

Peça com mostrador champanhe e pulseira em aço inox e ouro 18k. Arrematado por um museu particular suíço.

Foto: Reprodução
US$ 1,24 milhão (R$ 1.96 milhão)

 
4) Rolex, 1942

Relógio de pulso com mostrador oversized, tem ponteiros independentes para marcar os segundos. Comprado por um colecionador anônimo.

Foto: Reprodução
US$ 1,16 milhão (R$ 1,83 milhão)



5) Patek Philippe, 1955

Modelo com calendário perpétuo e números iluminados, em ouro rosa 18k

Foto: Reprodução
US$ 839.628 (R$ 1,32 milhão)

6) Patek Philippe, 1936
Relógio em modelo retangular, feito em ouro 18k e platina. Arrematado por um museu suíço.

Foto: Reprodução
US$ 812.652 (R$ 1,28 milhão)


7) Patek Philippe, 1953
Um relógio de bolso "openface" acima da média, feito em ouro maciço. Vendido com certificado original para um comprador anônimo.

Foto: Reprodução
US$ 812.652 (R$ 1.28 milhão)


8)Patek Philippe, 1950

Raro modelo de pulso, feito de aço inox. Adquirido por um colecionador europeu.

Foto: Reprodução
US$ 637,308 (R$ 1 milhão)

9) Patek Philippe, 1966

Relógio automático em ouro branco 18k, calendário perpétuo e indicador das fases da lua. Vendido a um anônimo em sua caixa original.

Foto: Reprodução
US$ 569,868 (R$ 897 mil)

10) Charles Ducommun, 1820

De ouro 18k e superfície esmaltada, o relógio de bolso "openface" retrata uma cena bíblica no visor.

Foto: Reprodução
US$ 515.916 (R$ 812 mil)